Educação ambiental – Práticas pedagógicas desde o início dos anos escolares

Imagem retirada do google, créditos não encontrados.

Karina Cristina Soares
Universidade Federal de São Carlos
Introdução
Com base em experiências vistas desde muito cedo, obtemos a resposta de que a educação não vem somente de casa e que em muito pode ser obtida em salas de aula, pois, o educador pode ter grande influência sobre seu aluno.
Isso acontece de fato, porém em muitos casos essa influência não é usada vantajosamente como poderia. Docentes podem tratar sua sala como um todo ou podem ver cada um como um individual, e quando atingem esse objetivo, conseguem uma atenção redobrada e assim o conteúdo se fixa de forma vantajosa.
Em agosto de 1981, promulgou-se a primeira lei que coloca a Educação Ambiental como um instrumento para ajudar a solucionar os problemas ambientais. É a mais importante lei ambiental do Brasil, que institui a "Política Nacional do Meio Ambiente".
No decorrer, vemos o porquê de tamanha importância e como pode ser trabalhado cada conteúdo durante os anos escolares, para assim chegar a bons resultados na melhoria da qualidade de vida esperada por meio deste.

Desenvolvimento
Em meio a um descaso encontrado em todos os cantos do mundo, de uma porcentagem muito alta de população, vemos a importância de uma matéria desde o começo do ensino escolar sobre a educação ambiental. Uma disciplina com uma responsabilidade muito grande de tentativa de mudança de concepção social sobre o meio ambiente.
De acordo com leis redigidas pelo próprio país, podemos ver que a educação ambiental é legalmente reconhecida. Possuímos leis que a colocam como obrigatória no ambiente escolar, mas o fato é que não é devidamente colocada em prática educacional.
          Juridicamente, no Brasil, o parágrafo 1º, VI, do art. 255 da Constituição Federal, determina ao Poder Público a promoção da Educação Ambiental em todos os níveis de ensino. Mas, apesar desta previsão constitucional, bem como o fato da Educação Ambiental já ser reconhecida mundialmente como ciência educacional e também recomendada pela UNESCO e a Agenda 21, pouco foi feito no Brasil para a sua implantação concreta no ensino. O que existia era “fruto dos esforços de alguns abnegados professores e educadores, não havendo a atenção que merece o tema pelo Poder Público e as entidades particulares de ensino”.
           Com a publicação da Lei 9.795, de 27/4/99, que dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências, a questão tomou força, pois a implantação e aplicação da Educação Ambiental como disciplina passou a ser obrigatória. A citada lei define juridicamente Educação Ambiental como “o processo por meio do qual o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade" (art.1º).
           Com toda a trajetória de pesquisas é levantado que a prática pedagógica de tal disciplina precisa ser feita em um tempo muito maior do que somente no ensino fundamental.  É preciso que entre com a devida importância das demais matérias que vão se desenvolvendo com o passar dos anos escolares e se transformando a cada dia de conteúdo.
A educação ambiental se relaciona com o seu meio de vida. Ensinando a partir do conteúdo mais básico sobre o assunto e partindo para melhoras com o tempo, os professores podem deixar seus alunos pessoas mais conscientes. Essa matéria seria aplicada desde o começo do ensino fundamental até o fim dos anos escolares.
            Sendo no início uma matéria simples, que deixaria claro do que se trata essa educação, quais os motivos para a existência da mesma e as relacionando com as causas de um planeta tão doente, mostrando assim, quais efeitos a falta de uma educação ambiental tem sobre o mundo. 
Já nos últimos anos escolares, utilizando toda a base da matéria que tiveram, teriam uma continuação da mesma, com foco em desenvolver projetos que pudessem conscientizar o mundo em geral, tendo assim boas possibilidades de soluções para seus próprios futuros e de suas próximas gerações. Projetos estes, que poderiam muito ser postos em práticas pelos devidos alunos, se a caso, se interessassem pela disciplina a ponto de cursar algo complementar sobre a mesma.

Considerações Finais
           Tendo como base todas as informações tidas como referência para a construção do artigo, vemos que mesmo com leis obrigatórias para o seguimento o país ainda não seguiu o mandado. Raramente são encontradas escolas onde utilizam em suas grades a disciplina de educação ambiental. Isso também se da ao fato da falta de profissionais qualificados para tratar do assunto com a devida importância e qualidade.
            Mesmo com a obrigatoriedade para que tenham disciplinas de educação ambiental no ensino, os resultados continuam negativos, pois, ainda assim, não é posto em prática, mesmo sendo um dos únicos caminhos para uma mudança de visões sobre as próprias ações e ou modos gerais de agir no meio onde habita.
Contudo, o objetivo seria ter mundo com uma grande parcela conscientizada desde muito cedo e com projetos de melhora implantados pelos mesmos, a fim de preparar os novos habitantes de que o mundo está mais doente do que parece e nós, que somos os geradores da doença, podemos contribuir para que ela diminua.

Referências Bibliográficas
CUBA, Marcos Antônio. Educação ambiental nas escolas. ECCOM, v. 1, n. 2, p. 23-31, jul./dez., 2010.
KUSMAN, Regiane Aparecida. ROSA, Maria Arlete. Educação ambiental nas séries iniciais do ensino fundamental em escolas do campo de contenda, 2013.

LOPES, Welersom. BISPO, Wellyda. CARVALHO, Janaina. Educação ambiental nas escolas: Uma estratégia de mudança efetiva

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